sexta-feira, 21 de março de 2014

Efeitos da extração mineira na saúde - a experiência das minas de urânio em Portugal

Encontro/Debate em Villavieja de Yeltes, Salamanca, sobre as minas de urânio. Apresentou-se  experiência portuguesa e as suas consequências, com a participação da AZU e ATMU.

Reflexão sobre a intenção da extração de uranio promovido por la empresa australiana Berkeley perto de  Retortillo y Villavieja de Yeltes, na provincia de Salamanca.

A  ATMU e AZU  participaram a convite dos partidos, Ecologista “Os Verdes” de Portugal e Espanha EQUO, sobre o Tema “Efeitos da extração mineira na saúde - a experiencia das Minas de Urânio em Portugal".

Este debate decorreu no passado dia 14 Março e teve como o objectivo das organizações promotoras, que para alem dos partidos referidos contou com a Associação Espanhola Não ao Urânio, protestar contra eventual exploração de uma mina de urânio neste local, que por sua vez fica junto à nossa fronteira, mais concretamente junto ao concelho de Almeida.
Com este debate, que juntou cerca de 100 participantes, pretendeu-se apresentar a experiência portuguesa através da ATMU, ao referenciar todo o passivo negativo que a exploração de urânio teve nos ex-trabalhadores da ENU, ao vitimar mais de 160 trabalhadores com doenças cancerosas, motivos pela qual a ATMU aconselhou as populações a lutarem contra a instalação das minas em Villavieja.
A AZU, para alem de denunciar todo o passivo ambiental deixado com a exploração, denunciou que ainda hoje as minas e passado mais de 20 anos nalguns casos, continuam sem ver feita a sua recuperação ambiental. Deu ainda como exemplo a luta que a população de Niza trava contra abertura da mina de urânio neste local, luta essa que tem sido travado ao longo dos anos. A AZU realçou ainda neste debate que as consequências desta mina em Espanha vão ter consequências no rio Douro, pelo que esta luta também é por isso Portuguesa, tanto mais que o ambiente não tem fronteiras. Para o efeito da denuncia de Niza a AZU contou com a presença de membros da AZU desta localidade.
Pode-se concluir que a participação das duas organizações Portuguesas e as suas opiniões contrarias a qualquer abertura de minas de urânio foi muito aplaudida pelos presentes, ficando por isso com grandes dificuldades a empresa que pretende explorar o urânio com  em convencer as populações, tanto mais que a localização da mina dista cerca de 3 quilómetros das populações de Villavieja.
A AZU e ATMU estão a preparar outras acções em conjunto com as organizações espanholas e portuguesas.





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